Servidores reagem à declaração de que sofrem de "amnésia coletiva"

As declarações do secretário estadual de Administração, Anselmo Carvalho, segundo as quais os servidores públicos do Estado estão com “amnésia coletiva” - porque esqueceram que a implantação de reajustes salariais em setembro estavam condicionados à saída do Estado do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal – foram muito mal recebidas por lideranças sindicais dos servidores.

:: Confira áudio da entrevista ::

Em entrevista ao JORNAL DA MANHÃ, da 95FM, o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (SINAI), Santino Arruda, apresentou e leu trecho do ofício n. 1565/2011-GAC, assinado em 8 de julho pelo secretário-chefe da Casa Civil, Paulo de Tarso Fernandes. No ofício, assinado depois que os servidores aceitaram encerrar a greve, o representante do Governo escreveu: “Quanto à implantação dos diversos Planos, o Governo, de setembro a dezembro próximos, tomará tal providência em parcelas iguais”.
Santino Arruda revelou que na última quarta-feira, na reunião com o secretário Anselmo Carvalho, fez questão de ler novamente o ofício com os termos do acordo firmado em julho. O sindicalista lamentou a postura do secretário e disse que a tentativa dele de desqualificar os servidores e os termos do acordo firmado revelam “falta de competência” e coloca em xeque a credibilidade do Governo que assinou acordos para encerrar as greves e agora procura negá-los.
Ainda no Jornal da Manhã, Santino Arruda disse que o SINAI já promoveu assembleias  com os servidores da Fundação José Augusto, Idema, Idiarn, Detran e Emater. Todas aprovaram indicativo de greve para 4 de outubro. Hoje e amanhã, novas assembleias serão realizadas pelo SINAI com os servidores do DER, Ceasa, Emparn e Técnicos de Nível Superior de outras secretarias.

Com direção de Miguel Weber, o JORNAL DA 95 é apresentado de segunda a sexta-feira, na 95 FM, por Gerson de Castro, Salatiel de Souza, Mariana Vieira, Paulo Wagner e Genésio Pitanga. Prudução: Armanda Lima.