Caros professores,
Particularmente, considero que a definição das férias docentes para 19 de março a 17 de abril de 2012 foi benéfica para as nossas lutas e conquista junto ao Governo do Estado pelas seguintes razões:
1. Lembro que a data base de nossa categoria é o mês de abril;
2. Nossa greve de 106 dias terminou com a Assembléia Docente da UERN apontando um indicativo de greve para abril de 2012, tendo em vista que o Governo do Estado (através do Ofício nº 1.801/2011-SEARH, de 23 de agosto de 2011) atendendo nossa reivindicação de reposição de inflação e em atendimento ao cumprimento de nosso Plano de Cargos e Salários, sinalizou que, “não vemos óbice para a continuidade do diálogo ao longo do período coberto pela proposta. Para tanto, reiteramos a necessidade de finalizar a greve e de retomada da normalidade das atividades a fim de ser retomada a negociação” (grifo nosso).
2.1. COMENTÁRIO: o “o período coberto pela proposta” que se refere o documento oficial do governo diz respeito ao escalonamento de abril de 2012 a abril de 2014. Com efeito, significa dizer que em abril de 2012, abril de 2013 e abril de 2014 os docentes da UERN permanecerão com indicativo de greve até que o compromisso firmado entre as partes “beligerantes” seja cumprido;
3. No mesmo diapasão do Governo do Estado, o Magnífico Reitor da UERN, através do Ofício nº 182/2011-GR/UERN, se compromete e afirma peremptoriamente: “a Administração da UERN mantém o compromisso de empreender esforços junto ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, ao longo do período coberto pela proposta informada acima, com vistas à implementação de outros índices de reposição salarial reivindicado pelas categorias, conforme possibilidade já externada pela SEARH através do Ofício nº 1.801/2011, de 23 de agosto de 2011” (grifo nosso);
4. Dito isto, por conseqüência, reiteramos que, como estaremos de férias até princípios de abril de 2012 e coincide com a nossa data base, não teremos que interromper o semestre letivo, como ocorreu na última greve, simplesmente não iniciaremos o semestre 2012.1 caso o Executivo Estadual não cumpra com o compromisso firmado.
5. Por fim, aproveito a oportunidade para convocar os três segmentos da UERN (professores, estudantes e funcionários) no sentido de se formar uma grande Frente de Luta contra a criação de novos cursos na UERN. Não que esta seja uma questão de princípio. O problema é que com a criação de novos cursos sem a autonomia financeira de nossa instituição, simplesmente estamos “socializando a miséria”, ou seja, os mesmos recursos de sempre são rateados com os antigos e novos cursos. Informo que existem reivindicações de criação de cursos novos em Natal, Pau dos Ferros (no mínimo quatro, inclui-se Direito e Serviço Social), Patu e Açu. Para além destes, vários grupos políticos do RN estão mancomunados e se articulando para a criação dos Campi de Parnamirim e Apodi.
Sem mais para o momento,
Abraços fraternos,
Mossoró, 22 de setembro de 2011.
Carlos Alberto Nascimento de Andrade
Prof. do Departamento de Educação – UERN/Mossoró-RN
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