terça-feira, 25 de agosto de 2015

Exposição sobre Djalma Maranhão será aberta dia 27 em Natal

Será nesta quinta-feira, dia 27 de Agosto, 18:00h, na Pinacoteca do Estado, Praça Sete de Setembro, Cidade Alta, a abertura da exposição "Djalma Maranhão, o centenário", contando a trajetória do militante político e ex-Prefeito de Natal. 
Parte da vida pública e familiar do homenageado poderá ser conhecida nessa Exposição Comemorativa. 
Os painéis mostrarão as obras realizadas em seus dois mandatos de prefeito de Natal, a militância política, sua passagem pelo Poder Legislativo e o exílio no Uruguai, além dos incentivos que deu a artistas populares como Xico Santeiro. 
Para lembrar o trabalho de Xico Santeiro, a Pinacoteca vai contar com uma exposição virtual. 
A maquete eletrônica abrange ainda os acampamentos do projeto “De pé no chão também se aprende a ler”, carro-chefe da administração de Djalma. O trabalho foi desenvolvido pelo arquiteto Gabriel Monte.  
A inovação traz a possibilidade de descentralizar a exposição. Outros municípios interessados podem fazer download do material na DHnet.
O Evento é promovido pela Comissão do Centenário do Nascimento de Djalma Maranhão, criada pela Fundação José Augusto, e acontece em parceria com a Rede DHnet. 
A Comissão é formada por Roberto Monte, Presidente, e demais membros, Aluízio Matias; Antônio Marques; Edrisi Fernandes; Roberto Lima e Alexandre de Albuquerque Maranhão.
DJALMA MARANHÃO nasceu em Natal, em 1915, filho de Luiz Ignácio de Albuquerque Maranhão e Salomé de Carvalho Maranhão. 
Viveu entre os irmãos Natércia, Cândida, Luiz e Clóvis. Professor de Educação Física do Colégio Estadual do Ateneu Norte-rio-grandense, jornalista e esportista. Fundador e diretor de jornais.
Na política, militou no Partido Comunista até o início dos anos quarenta, depois, reorganizou as forças populares herdadas de Café Filho e, finalmente, constitui seu próprio partido, nas legendas do Partido Trabalhista Nacional (PTN) e, posteriormente, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), constituindo-se, nos anos sessenta, na terceira força - política do Rio Grande do Norte e na primeira que não era fundada na oligarquia latifundiária da Estado.
Foi eleito Deputado Estadual (1954) e assumiu, como primeiro suplente, a Câmara Federal (1959-1960). 
Por duas vezes exerceu o cargo de Prefeito de Natal: a primeira, na segunda metade dos anos 50, por nomeação do governador Dinarte Mariz (em decorrência da aliança UDN-cafeístas); a segunda, em 1960 na primeira eleição direta para a municipalidade da Capital, com 64% dos votos válidos, integrando uma frente política de centro-esquerda chamada Cruzada da Esperança, tendo Aluízio Alves como candidato a governador do Rio Grande do Norte.
Pelo golpe de Estado de abril de 1964 foi deposto da prefeitura, cassado seu mandato, e esteve preso em quartéis do Exército em Natal, na ilha de Fernando de Noronha e no Recife. 
Libertado por ordem do Habeas Corpus do Supremo Tribunal Federal em dezembro de 1964. Após publicar um manifesto na imprensa do Rio de Janeiro (O General Fome está nas Ruas), asilou-se na Embaixada do Uruguai. Morreu no exílio, em Montevidéu, em 30 de julho de 1971, aos 56 anos de idade. Seus restos mortais repousam no cemitério do Alecrim.

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